quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Liberdade



No meio dos meus devaneios,
Desato a fazer poesias
Palavras mudas que lanço
Para registrar os meus dias

Sem proferir palavras
No silencio dos meus pensamentos
Transparecendo sentimentos
De um passado de tormentos
E ouso premeditar o futuro
Numa intuição muitas vezes infalível
Trazendo do presente
Uma entrega inesquecível

Uma parte de mim sonha
O verdadeiro amo encontrar
A outra morreu tempos
Quando eu deixei de sonhar

Mas a esperança abarcando
Meu coração desacreditado
Vem chegando num sorriso
Bem mansinho e acanhado

Descobrindo a liberdade de me doar
Numa busca desenfreada
Vou saindo fugitiva
Mas, querendo ser encontrada


Ultima Noite



Vivi os últimos anos
Sentindo que nem tudo estava perdido
Buscando forças na verdade
Com um sentimento desentendido

Dentro de mim,
O medo sempre me acompanhou,
Mas, a coragem que sempre se sobressaia
Foi o que me libertou

Foi muito difícil ser gentil e sutil,
E não ferir quem me feria
Quando todos me condenavam
Eu lutei pelo que acreditava e mais queria

Ouvi muitas vezes
Que se afastavam de mim,
Por terem medo de por mim se apaixonar
Se, pesarem que eu era uma vitima
Das minhas próprias paixões

Algumas coisas foram embora
Mesmo contra minha própria vontade
Algumas foram arrancadas da minha vida
Deixando algumas feridas e muita saudade

Ultima Noite 2




Somente os acontecimentos da vida
Puderam dizer por quanto tempo
Guardo um segredo de tamanha importância

No momento que me despedi daquele lugar,
Beijei o chão que contou o meus passos
Andando durante muitos anos
As vezes ricos, às vezes escassos

Demorou muito para eu me transformar
Na pessoa que eu queria ser
Saber quem eu era,
Foi preciso aprender

O aprendizado foi muito necessário
Para sair daquele lugar
Eu adentrei naquela rua uma pessoa
E sai outra sem questionar

Fui trilhando o caminho que me conduz
De chinelo ou salto alto,
Me construiu de ouro prata e luz
Sou uma flor que brotou no asfalto



Madrugada Profana



A curiosidade me ofertou muita dor
Como Pandora abrindo a caixa proibida
E libertando um grande mau

Na madrugada profana
Deparo com olhares tristes

Regando tua flor cm meu néctar
Concedo-te meu ventre
Saciando sua fome de alma perdida
Sem sentidos e sem arrepios
Sem entrega e sem beijo

Mas, nesse momento
Tenho que ser toda sua
Vou acariciando seu ego
Mesmo sem desejar
Levo-te ao infinito da noite
E apago as minhas estrelas

Meu corpo solto
Mas minha alma aprisionada
Em lençóis baratos
Sorriso falso
Promessas mentirosas

Ganho aquele dinheiro
Que não pode comprar o intocável
Mas perco a minha paz
E o que poderia existir de melhor em mim

A cada madrugada que vivo
Vi revelando minha fraqueza
E aumentando as minhas feridas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Persephone Sonhadora




Sobre um manto de sonhos bordados de estrelas
Vou escrevendo minha vida
Nas folhas de um velho pergaminho
Que jamais serão esquecidas

Eles dizem que eu sou sonhador
Que digam, boa noite Cinderela
Para uma pobre mulher rica
Que está ajoelhada na capela

A rezar sigo os meus dias
Pedindo perdão à Jesus,
Por todos os erros cometidos
Pela vida torta que transpus

Comi a romã de Persephone
Que me levou a um doce e maldito destino
Provei todas as delicias e dissabores
Minha vida transformou-se num desatino

Volto à terra, trago a primavera
Seis meses depois, retorno ao submundo
Onde tenho uma mescla de pavor e prazer
Consumindo-me num pesar profundo

Quero a noite como companheira,
Esperando o amanhecer
Sendo Venus a madrinha
De uma nova mulher a renascer

Sobrevivendo a uma Noite




Ninguém jamais poderá culpa-la
Muita revolta, uma dura sociedade
A ensinou a ser assim.
Uma vida inteira, uma luta guerreira
Assim vive essa dama condenada
A proporcionar amor.
Quanto mais a pedem,
Mais ela se nega,
A vida pode ser fácil,
Mas nem sempre era boa.
E o preço é muito alto,
Muito caro para ela.
O que são sentimentos?
O único que ela possui é a dor,
Um coração partido, jogado ao vento.
Ninguém se importa
Em tentar descobrir o que ela sente.
Nunca encontra pessoas
A quem pudesse chamar de amigo.
Sempre diz que as rejeições não doem.
Mas, na verdade, doem muito.
A escuridão,  o perigo, o risco,
Já não fazem a menor diferença.
Ela só quer sobreviver.
Sendo injustiçada e humilhada,
Ela sobrevive um noite inteira,
Acreditando que nada melhor,
Que um dia após o outro,
E uma noite no meio
E é só.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Noites Dificeis



Noite fria naquela rua
Olho para o lado
Não vejo esperança
Corro para o vicio
Tentando saciar minas desilusões
Acabo me desiludindo ainda mais
E perdendo o todo resto
De provisões que eu tinha

Volto para casa triste
Deprimida derrotada
Falo com você mesmo
Você não estando mais a minha espera
A solidão vem me mostrar
Que você não vai voltar
Eu choro o resto do dia sem parar

Minha alma continua
Te procurando nessa escuridão
E dentro de mim,
Onde ainda está muito vivo
O meu amor por ti

E minha vida continua decaindo,
Porque, eu continuo iludida
A esperar que você mude
Onde na verdade,
O que deveria mudar
Seria eu acordar desse pesadelo.

Continuo respirando uma mentira

Esse sentimento
Desnuda minha insensatez
E revela minha insanidade

Madrugada Assombrada

Aguardo mais uma vez o sol se por
E o céu enegrecido brilhe com a lua
Para ir à luta
Às vezes, me pego pensando:
O que ainda estou fazendo aqui?

Vivendo no dia e na noite
Buscando ser o melhor nos dois planos
Aceitando minha cruel condição

A busca insana por uma vida melhor
Fez-me dar adeus a minha juventude
Mas a maturidade de mulher que tenho,
Não tiram de mim
O meigo sorriso da minha infância

A maquiagem esconde do meu rosto
O sofrimento do pranto

Mais uma cálida noite de inverno
Nesse lugar assombrado
E chego a conclusão:
Os lugares não são assombrados
O que são assombrados são as pessoas

Desvencilhando-me das sombras
Vou vestindo-me de fé
Com o selo da esperança
Cunhado em meu peito

No raiar do dia
A claridade destila todo o veneno
Estou merecendo
Viver uma vida diferente

Passeio livremente
No meu lindo cavalo negro
E desfruto momentaneamente dessa liberdade
Seguindo renovada e inteira


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mais Uma Noite de Ilusão




Os desejos de não sofrer
Me condenaram a um
Fingido espetáculo da vida
Num êxtase mentiroso e ilusório
Com um sorriso fácil e falso

Costumam dizer que meu sorriso
É muito bonito,
Eu até consigo encenar bem

Afinal e somente isso o que eles
Conseguem enxergar em mim

A pureza e a inocência da Renata
Está sepultada no sofrimento
Desejo soltar amarras
Dessa era apodrecida e gasta

Nesse meu cárcere de insensatez
Cansada do choro calado
Ainda tenho forças
Minha mente ainda lúcida

E minha pobre alma mortal
Invoca a todo momento
Aos espíritos de luz

Que me ajudem
A me transformar no que desejo
Resgatar minha criança interior
Que não tem maldades
E é repleta de alegrias e inocência

Aprendi a Amar a Noite




Quando olho para as estrelas no céu
Sei que uma nova batalha se inicia
Minha mente se deslumbra em pensamentos
De otimismo em relação a vida.
Sabendo que essa noite será mais uma conquista
Tenho vencido todas as batalhas

Vem-me uma sensação de
Paz e tranquilidade,
Enquanto a calma e serenidade
tomam conta do meu corpo,
Minha mente vagueia
E posso ler seus pensamentos
Em poucos segundos
Tudo o que existe de egoísmo
Se esvazia de minha alma
e tudo que é de bom
Corre pelas minhas veias
Sempre quero te ajudar
Te mostrar o caminho e te orientar
E sempre consigo
Mesmo quando você não e ouve.
Sabendo que minha parte eu fiz
Sem te cobrar nada por isso,
Porque dou de graça
O que de graça recebi
Te ajudando encontro motivos para
Continuar a viver cada vez mais
e intensamente,
Buscando melhorar a cada dia
E corrigir os erros do passado
Evitando comete-los novamente.
Não pensem que acaba por aqui,
Amanha vem outra noite
e assim a magia continua